quinta-feira, 12 de agosto de 2010

OKTOBERFEST, 200 ANOS

Em “A Nova Transa da Pantera Cor de Rosa”, um filme de 1976, dirigido por Blake Edwards, há um momento em que o (então) Inspetor-Chefe Jacques Clouseau – interpretado pelo lendário Peter Sellers – se embrenha na Oktoberfest de Munique. Já que investiga o sequestro do Professor Fassbender e sua filha Margo – vividos por Richard Vernon e Briony McRoberts. E, em meio a muita música, “manguaça” e contentamento, ele escapa de vários atentados. De investidas homicidas de assassinos de todo mundo. Visto que estão a serviço das grandes nações. Cujos líderes, a fim de evitar que seus países sejam atacados por uma arma que o raptado fora forçado a construir, se viram compelidos a matar Clouseau. Impelidos por uma ameaça idealizada pelo Ex-Inspetor-Chefe Dreyfus – imortalizado por Herbert Lom.
Além da de Munique, há versões da Oktoberfest noutras localidades. Algumas, notórias. Como a de Hannover, também na Alemanha. De Tsim Sha Tsui, em Hong Kong; Ho Chi Minh, no Vietnã. Também há a de Canberra, na Austrália. Kitchener-Waterloo, no Canadá; Cincinnati, Delaware e Leavenworth, nos Estados Unidos; e na Cidade do México, no México. Com uma em Villa General Belgrano, na Argentina. No Brasil: há em Marechal Cândido Rondon, Pato Bragado e Rolândia, no Paraná; Alpestre, Cerro Largo, Frederico Westphalen, Igrejinha, Maratá, Santa Cruz do Sul e São Lourenço do Sul, no Rio Grande do Sul; Blumenau, Brusque e Ipiranga, em Santa Catarina; e Campos do Jordão, em São Paulo.
Contudo, tudo é uma consequência da Revolução Francesa. Posto que ela alçou Napoleão Bonaparte. O qual acabou com a mesma, em 1799, a fim de se tornar o regente do planeta.
Sendo que, nessa empreitada, em 1800, ele invadiu a Alemanha. Obtendo sucesso. E tomando da casa de Habsburgo a Coroa Imperial.
Consequentemente, em 12 de julho de 1806, Bonaparte ratificou sua vitória ao criar a “Confederação do Reno” – o “Rheibund”. Quando, oficialmente, reuniu 16 dos estados que compunham a Alemanha sob o jugo francês.
Dentre eles, a Bavária. Bavária que aderiu à Confederação do Reno por intermédio do seu (então) Eleitor Maximiliano IV José da Bavária. Que, com isso, obteve de Napoleão o título de Rei da Bavária.
Todavia, se submeter a uma cultura alheia não faz parte do âmago alemão. Ora que o germânico tem vocação para vanguarda, e não, retaguarda. Por isso, os bávaros não se alegravam com a sua condição. E, antes que essa insatisfação se intensificasse, Andreas Von Dall’Armi, banqueiro e Major da Cavalaria, propôs ao Rei que se fizesse uma aliança entre a vontade do regente e a carência dos regidos. Visto que (o agora) Maximiliano I José da Bavária tinha o desejo de ampliar o seu poder político. Para tal, tendo a mistura de sangues como meio mais eficaz. Como ocorreu com o casamento entre Augusta da Bavária, sua primogênita, e Eugênio de Beauharnais. Eugênio que, por parentesco, era o Vice-Rei da Itália. Pois era o primogênito de Josefina e enteado de Napoleão, o autoproclamado Rei da Itália. E, nessa seara, o intuito de Maximiliano já estava encaminhado. Dado que o Príncipe Luís da Bavária se casaria com a Princesa Theresa de Sachsen-Hildburghausen.
Casamento que Dall’Armi sugeriu que fosse realizado em um evento público. Primeiro, para aproximar a casa real de seu reino. E, em segundo, para refrescar o imaginário bávaro com novos ícones.
Assim, no dia 17 de outubro de 1810, em um prado, na periferia de Munique, com uma grande corrida de cavalos, celebrada foi a festa de casamento. Rendendo ao local, por associação, o nome de “Theresienwiesen” – o “Prado de Theresa”. E, devido ao êxito, ao ocorrido uma reedição comemorativa, anual, com o nome de “Festa de Outubro” – ou seja, a “Oktoberfest”.





Empório Laura Aguiar - Rua Gabriel Piza, 559, Santana
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