sábado, 26 de junho de 2010

PORTUGAL 0 X 0 BRASIL

O terceiro jogo do Brasil na Copa do Mundo de 2010 mostrou ao torcedor mediano brasileiro que a seleção de seu país é uma extensão de sua sociedade. Pois se o dito não é adepto do trabalho, por que algum jogador seria?
Todavia, no Moses Mabhida Stadium, em Durban, a partida entre colonizador e colonizado começou como um jogo de gamão entre comadres. Ora que ambos, por estarem classificados para a sequência do torneio, optaram por gastar o tempo de quem gosta de futebol. Entretanto, Felipe Melo mostrou por que, desde que acorda até a hora em que adormece, amaldiçoa o inventor da bola. Talvez, até em sonho, praguejando contra o cujo. Pois, nessa várzea televisionada, conseguiu se estranhar com os europeus. Distribuindo pancadas. Tanto que recebeu o cartão amarelo. E, antes de ser expulso, foi substituído por Josué. Depois, em uma demonstração de “dirty play”, Juan causou inveja a Henry. Pois parou um contra-ataque português com o braço, foi penalizado apenas com o cartão amarelo e nenhum jornalista demagogo se indignou.
Prova de que a crônica esportiva não age como um segmento de imprensa.
Na segunda etapa, as equipes se soltaram um pouco. E Portugal se aproveitou do talento de Cristiano Ronaldo para entortar a defesa sul-americana. O que fez Dunga se irritar e fazer micagens, à beira do campo. Algo que denota o fato de que a limitação do time brasileiro é uma consequência da inabilidade de seu treinador. Que é criticado por não ter levado Ganso e Neymar à África do Sul. Quando, na verdade, quem deveria ter ficado é ele.





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