Não eram ancorados, quando a gente
Estranha pelas cordas já subia.
No gesto ledos vêm, e humanamente
O Capitão sublime os recebia.
As mesas manda pôr em continente;
Do licor que Lieu prantado havia
Enchem vasos de vidro, e do que deitam
Os de Fáeton queimados nada enjeitam.
Comendo alegremente, perguntavam,
Pela arábica língua, donde vinham,
Quem eram, de que terra, que buscavam,
Ou que partes do mar corrido tinham?
Os fortes lusitanos lhe tornavam
As discretas respostas que convinham:
- Os portugueses somos do Ocidente,
Imos buscando as terras do Oriente.
Estrofes 49 e 50, do Canto I, de Os Lusíadas, de Luís de Camões.
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